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Revista dos Escravos da Mina do Morro Velho
A Revista dos Escravos
da Mina do Morro Velho, Minas Gerais. Fotografia de Augusto
Reidel, 1868. Durante expedição ao interior
de Minas Gerais, o fotógrafo do Duque de Saxe, genro
do Imperador Dom Pedro II, fotografou a revista dos Escravos
da sede da Mina do Morro Velho. Essa Mina foi explorada desde
o inicio do século XVIII, após o bandeirante
Domingos Rodrigues de Fonseca Lima, em 1701, ter descoberto
ouro nos riachos dos Cristais e Cardoso, afluentes do Rio
das Velhas. Até 1830, ela pertenceu à família
Freitas. O último membro dessa família a explorá-la
foi o padre Antônio de Freitas, que a vendeu para o
capitão George Francis Lyon, superintendente da mina
de Congo Soco, situada em Caeté, pertencente à
Saint John del Rey Mining Company Limited.
Anos mais tarde o Dom
Pedro II se hospedaria na nessa mesma Mina durante visita
a Minas Gerais em 1881.
A São João
d'El Rey Mining Company incentivou a imigração
de cidadãos britânicos para o Brasil para trabalhar
na mina. A companhia também empregou o trabalho de
escravos, que predominaram na força de trabalho na
mina até a emancipação brasileira no
final do século XIX.
Em relação
ao tratamento dado aos escravos ocupados na mina, Richard
Burton em 1873 afirma ter ficado impressionado com a qualidade
de suas vidas. A comida era farta, o vestuário confortável,
moradia salubres, hospital com médico trazido de Londres
para cuidar das suas doenças, cuidados especiais com
as grávidas, e ainda tinham licença para cultivar
suas hortas e tratar de seus porcos e suas galinhas, bem como
para se divertirem com suas danças e batuques, nos
feriados, domingos e horas de folga.
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