Maria
Felipa
Maria
Felipa de Oliveira, escrava liberta que participou de lutas
pela independência da Bahia. A negra, nascida em data
desconhecida, morava na Ilha de Itaparica com outros tantos
homens e mulheres também libertos. Na ilha, os moradores
catavam mariscos, pescavam e preparavam pães para vender
em feiras locais e lojas próximas.
Maria,
uma mulher alta e de muita força física, se
envolveu em luta contra as tropas portuguesas porque as mesmas
queriam se instalar em pontos estratégicos da ilha,
lugar que os escravos libertos usavam para comercializar o
produto e fazer as próprias atividades. Eles precisavam
defender o ganha-pão diário.
A
heroína liderou um grupo de quase 200 pessoas contra
as tropas e embarcações portuguesas que se encontravam
próximas à ilha. As pessoas do grupo usavam
facões, pedaços de pau e galhos com espinhos
como armas. O grupo chegou a queimar mais de 40 barcos dos
portugueses.
Além
das armas, as mulheres do grupo, liderado por Maria Felipa,
usavam táticas de sedução. Os portugueses
seguiam as mulheres para a praia, bebiam e eram despidos.
Entretanto, ao invés de ter os desejos saciados, apanhavam
de cansanção, planta que provoca sensação
de queimadura na pele.
Após
a independência e expulsar as tropas portuguesas da
ilha, Felipa continuou a exercer uma forte liderança
sobre a população pobre da Ilha de Itaparica,
além de incluir índios tupinambás e tapuias
para o grupo. A negra veio a falecer no dia 4 de julho de
1873.
Com
a história pouco conhecida e lembrada, Maria ganhou
notoriedade quando foi declarada Heroína da Pátria
Brasileira pela Lei Federal n° 13.697, no dia 26 de julho
de 2018. O nome de Maria Felipe de Oliveira foi inscrito no
"Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria",
que se encontra no "Panteão da Pátria e
da Liberdade Tancredo Neves", situado na capital do Brasil,
em Brasília, Distrito Federal.
Fonte:https://www.avalara.com/br/pt/blog/2021/06/mulheres-extraordinarias-maria-felipa-de-oliveira.html
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