Em 1871, a Imperatriz
Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa
abolicionista.
Em 1871, a Imperatriz
Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa
abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No
mesmo ano A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada
por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.
O bairro mais caro do
Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias,
flor símbolo da abolição, sendo sustentado
pela Princesa Isabel.
José do Patrocínio
organizou uma guarda especialmente para a proteção
da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”.
Devido a abolição e até mesmo antes na
Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças
contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas
pelos grandes cafeicultores escravocratas.
A família imperial
não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados
e assalariados, em todos imóveis da família.
D. Pedro II tentou ao
parlamento a abolição da escravatura desde 1848.
Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
O Parlamento sempre
negava o projeto de lei, pois muitos tinham influências
diretas ou indiretas com os grandes cafeicultores escravocratas.
Se tratando de uma MONARQUIA
CONSTITUCIONAL PARLAMENTARISTA, o imperador não tinha
o poder para decretar leis sem aprovação da
maioria do parlamento.
Princesa Isabel recebia
com bastante frequência amigos negros em seu palácio
em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro
escândalo para época.
Na casa de veraneio
em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos
fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.
Os pequenos filhos da
Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava
em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.
Pedro II criou uma cota
para negros alforriados ingressarem no Colégio Pedro
II e nas Faculdades.
Essa cota não foi aprovada pelo parlamento, porém
Pedro II tirou de seus próprios proventos a garantia
da cota.
No período de
1872 e 1889 centenas de ex-cativos se tornaram médicos,
advogados, engenheiros... Graças a chamada “bolsa
do imperador”.
“Estudos do IHGB
e FGV entre 1992 e 2010, concluíram que se o reinado
de Pedro II ou a continuação de seus planos
por sua filha Princesa Isabel tivessem mais 15 anos de duração,
67% das favelas e por consequência 43% da violência
e tráfico de drogas não existiriam na cidade
do Rio de Janeiro e provavelmente em outras grandes metrópoles
como São Paulo que emergiam na época.”
FONTE: Biblioteca Nacional
RJ ( Acervo Teresa Cristina ), Arquivo Nacional RJ, UNESCO,
Livro Os Bestializados de José Murilo de Carvalho 1987
e Livro As Barbas do Imperador de Lilian Moritz Schwarcz 1998
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