O
Fim da Escravidão em Petrópolis
O Evento mais importante
realizado no Palácio de Cristal de Petrópolis
foi no Domingo de Páscoa de 1888, na qual a Princesa
Isabel e seu marido o Conde D’Eu, organizaram uma “festa
da liberdade“ e junto a seus filhos, os príncipes
Pedro de Alcântara e Dom Luis Maria, entregaram 103
cartas de alforria aos últimos escravos da cidade Imperial,
marcando a extinção da escravidão em
Petrópolis.
Estavam na cerimônia
o gabinete ministerial de João Alfredo, os abolicionistas
André Rebouças e José do Patrocínio
e diplomatas dos Estados Unidos e da Alemanha. A maioria das
cartas vinham com uma indenização aos seus senhores
com notável campanha desenvolvida na cidade.
O fato foi noticiado
no periódico abolicionista “Correio Imperial”
sob a responsabilidade de um dos filhos de Dona Isabel, o
Príncipe Dom Luís de Orleans e Bragança
(na época com 10 anos de idade) o conteúdo principal
do jornal era a causa abolicionista e notícias de eventos
patrocinados pela Família Imperial para arrecadar fundos
para a alforria de escravos.
De acordo com o testemunho
do líder abolicionista André Rebouças,
a Princesa Isabel e seu marido Conde d’Eu participavam
ativamente na proteção de escravos fugitivos
em Petrópolis, “no dia 4 de maio de 1888, almoçaram
no Palácio Imperial 14 escravos fugidos das Fazendas
circunvizinhas de Petrópolis” anotou Rebouças
em seu diário.
Todo o esquema de promoçãoo
de fugas e alojamento de escravos foi coordenado pela própria
Princesa Isabel e por duas amigas a Condessa da Estrela e
a Baronesa de Muritiba.
Na Fala do Trono de
3 de Maio de 1888 a Princesa Regente declarou ao Parlamento:
"confio que não hesitareis em apagar do direito
pátrio a unica excepção que nele figura
em antagonismo com o espirito cristão e liberal das
nossas instituições"
Fonte: Anuário
do Museu Imperial. Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro “As camélias do
Leblon e a abolição da escravatura.” de
Eduardo Silva.
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